5 de janeiro de 2008

Graça, Verdade e Polarização

Nos últimos dias, a blogosfera esquentou. A Norma Braga expressou seu horror aos escritos de Phillip Yancey. O Pavarini divulgou. A Norma respondeu com o texto "Philip Yancey entre muros". A discussão rendeu muitos comentários.

Norma escreve que " em entrevistas, Yancey parece um tanto confuso com essa questão do homossexualismo desde que seu amigo Mel White se assumiu publicamente e passou a integrar igrejas GLBT."

Cita também um artigo de Andy Comiskey, traduzido por Júlio Severo em que, além de abordar a influência de Mel White no pensamento de Yancey, narra:

"
Encontrei-me com Brennan Manning para um almoço para tratar dessas questões [pureza sexual e homossexualidade]. Ele pareceu ter ficado realmente ofendido quando expressei minhas preocupações com as referências ambíguas dele com relação ao homossexualismo em seus artigos e livros. Durante nosso almoço incômodo, ele defendeu os “casais” gays que vivem em compromisso. Ele também desafiou meu compromisso de defender a ética sexual bíblica — nenhum sexo com homem ou mulher fora da aliança conjugal heterossexual — taxando-me de desinformado e de ter uma mente estreita. Eu compartilhei com ele acerca do compromisso do ministério Desert Stream de dar oportunidades seguras e fortes na igreja para a transformação dos homossexuais. Meu assistente Mark Pertuit e eu demos para ele testemunho de nossas próprias caminhadas de cura. Manning rejeitou nosso testemunho com o argumento de que eu não tinha conhecimento suficiente de teologia moral para ser levado a sério nessa questão.

Obviamente, Manning e eu abordamos de modo diferente a questão da autoridade moral. Minha abordagem é conservadora e baseada na Bíblia. A abordagem dele é obscura para mim. Mas o que emerge dessa falta de clareza nele (e, é triste dizer, em muitos como ele) é uma sentimentalização horrorosa da homossexualidade. Estranhamente, os indivíduos que se encontram presos às tendências homossexuais se tornam “tabus” para “terapeutas” como Manning. Em vez de abraçar com verdade e graça homens e mulheres que estão confusos, esses terapeutas dançam ao redor desses homens e mulheres em dificuldades e lutas, concedendo-lhes uma condição de quase heróis. O resultado é uma compaixão falsa que pode incentivá-los a se identificar e viver o homossexualismo (...)"

Essa polarização entre Comiskey e Manning me deixou reflexivo, pois, para mim, ambos trabalham para a Graça.

Um leitor anônimo postou um link para um artigo de Sérgio Pavarini, publicado na revista Ultimato. No texto, o jornalista cita o capítulo do livro de Yancey,
Alma Sobrevivente, em que este aborda o elemento homossexualidade na vida do aclamado escritor holandês Henri J. M. Nouwen, o ferido que cura feridas.

Em seguida, Severo responde ao link dizendo algumas palavras "sem graça" sobre o autor do referido artigo. Outra desagradável polarização.

E eu aqui pensando se O Conflito é "graça X verdade" ou "amor X soberba/malícia"...

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